terça-feira, 5 de junho de 2007

Ultra-sonografia


A ultra-sonografia ou ecografia é conhecida, sobretudo, como exame de controlo da gravidez, mas esta técnica diagnóstica baseada na utilização de ultra-sons é útil para o exame de muitos outros órgãos. Este é realizado por um radiologista ou por técnico em ultra-sonografias.
É um método que se serve do
eco produzido pelo som para ver em tempo real as sombras produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo. Em geral, os aparelhos de ultra-som utilizam frequências altas (próxima de 1 MHz), emitindo através de uma fonte de cristal piezoelétrico que fica em contacto com a pele e recebendo os ecos gerados (ondas de som reflectidas pelos tecidos no corpo), que são convertidos numa imagem por equipamento electrónico. A variação da densidade e composição das estruturas, faz variar a atenuação e mudança de fase dos sinais emitidos, sendo possível a tradução numa escala de cinza, que formará a imagem dos órgãos internos.
A ecografia tiroideia tende a substituir outros exames mais difíceis de se realizar ou que apresentam contra-indicações absolutas, tais como a gravidez. Este exame permite o estudo da forma, do volume e da consistência da tiróide, mas não permite determinar o funcionamento da tiróide.
A eventual presença de quistos, nódulos ou tumores é evidenciada pela ecografia, mas pode requerer outros exames como a cintilografia.
A indicação mais vulgar para uma ultra-sonografia do pescoço é uma massa palpável. Quando uma massa é encontrada no pescoço, a origem pode não ser óbvia através do exame clínico, daí que seja necessário um estudo ultra-som para determinar a origem e composição/estrutura dessa massa do pescoço (sólida ou cheia de água).
Este exame permite: avaliar inchaços que podem ser sentidos na glândula da tiróide ou identificados durante a palpação da mesma; distinguir, normalmente, um tumor sólido de uma massa cheia de fluidos (quisto); determinar quando a glândula tiroideia está alargada. Uma ultra-sonografia pode também ser usada para observação do tamanho da tiróide durante o tratamento de um problema da mesma. Esta serve ainda como guia de localização para uma possível biopsia.

Antes do Exame:

Não é necessária nenhuma preparação. É de evitar a utilização de colares ou de outros acessórios no pescoço e na cabeça, uma vez que terá de os retirar.

Durante o exame:

1. O paciente deita-se sobre a mesa de examinação com uma almofada ou um bolster debaixo dos ombros, e a cabeça para trás;
2. Aplicação de um gel no pescoço (esse gel é muito parecido com o gel de cabelo), que ajuda as ondas de som a passar da máquina para o corpo do paciente mais facilmente (as ondas não atravessam com facilidade o ar). Às vezes, é colocado um saco de água ou esponja gelatinosa na garganta para ajudar a condução das ondas;
3. O transdutor, que se assemelha a um microfone, é colocado no pescoço do paciente. Não causa medo, porém pode sentir-se uma suave pressão deste. Este é movido de um lado para outro do pescoço. As ondas do som passam sem perigo através da pele desde o transdutor;
4. Um monitor de TV mostra imagens do pescoço, convertendo o eco em sinais eléctricos. Estas imagens em movimento podem ser visualizadas imediatamente, gravadas e/ou fotografadas para mais tarde rever. Por vezes, pode ser necessário captar imagens adicionais para análise de médicos.



Este procedimento demorará aproximadamente 30 a 45 minutos.

Depois do Exame:

Não há indicações pós-exame.
Um médico lê os resultados do exame e este deve também ser visto pelo médico do paciente.


O que se sente?

O gel pode estar frio quando aplicado no pescoço e causar um desconforto momentâneo.
Ter de manter a cabeça para trás pode ser incómodo, mas o transdutor ou as ondas de som não são pressentidas;
Respirar e engolir não apresenta dificuldades;
Não se ouvem as ondas.


Em conclusão, qualquer que seja o órgão examinado, a ecografia não provoca nenhum incómodo. Não existem contra-indicações, nenhum risco alérgico ou radioactivo.



Factores que podem interferir com o teste e a correcção dos exames:


è Incapacidade do paciente se manter quieto durante o exame;
è Movimentos podem interferir com a qualidade das imagens captadas;
è Ter uma ferida aberta na área que precisa de ser analisada.

Vantagens/Desvantagens:

è A ultra-sonografia é um exame fácil e mais barato do que o teste do iodo radioactivo (RAIU, radioactive iodine uptake). Contudo, não fornece informação acerca do funcionamento da tiróide
è A ultra-sonografia da tiróide pode ser realizada ao mesmo tempo que o teste de RAIU.
è Testes de RAIU são mais usados do que a ultra-sonografia para diagnosticar problemas do funcionamento da tiróide (como: hipertiroidismo ou hipotiroidismo)
è A ultra-sonografia é usada para detectar diferentes tipos de problemas da tiróide, especialmente, no que diz respeito à estrutura (ex: nódulos da tiróide).



Análises de Sangue

Vários exames são utilizados para determinar a eficiência do funcionamento da glândula tiróide. Um dos mais comuns é o exame para medir a concentração da hormona estimulante da tiróide no sangue.
Análise de sangue não é mais do que estudo de amostras de sangue para obter informações acerca das suas células e proteínas, bem como dos produtos químicos, antigénicos, anticorpos e gases nele transportados.
Como o sangue é o principal sistema de transporte do organismo, estas análises podem não só ser utilizadas para verificar o estado dos grandes órgãos, mas também o da função respiratória, do equilíbrio hormonal, do sistema imunitário e do metabolismo.

Tipos de análises:

Análises Hematológicas: observação dos componentes do próprio sangue, incluindo o exame da quantidade, forma, dimensão e aparência dos glóbulos sanguíneos e a análise do funcionamento dos factores da coagulação. As mais importantes análises hematológicas são o hemograma (contagem de glóbulos), o exame do esfregaço sanguíneo periférico, os testes da coagulação do sangue e a determinação do grupo sanguíneo.

Análises Bioquímicas: medição dos níveis dos produtos químicos existentes no sangue, como a glucose, o sódio, o potássio, o ácido úrico, a ureia, as enzimas, os gases, os alimentos digeridos e as drogas.

Análises Microbiológicas: pesquisa de microrganismos no sangue, como bactérias, vírus, fungos e parasitas, e anticorpos que contra eles se formaram.

Como se fazem:

O local mais conveniente para se colher uma amostra de sangue é uma veia na curva do cotovelo. Aplica-se um garrote no braço e extrai-se o sangue para uma seringa. O procedimento causa apenas um ligeiro incómodo. Podem chegar a ser necessários 20ml de sangue, mas, como a circulação contém 4 a 5 l, a perda de tão pequena percentagem não causa qualquer prejuízo. Se se necessita de apenas umas gotas, estas podem obter-se pela picada de um dedo. Em casos raros, as análises podem exigir uma amostra de sangue arterial, que é extraído da curva do cotovelo, do pulso ou da virilha; trata-se de uma operação mais difícil e mais desconfortável.
Pode deixar-se o sangue coagular obtendo-se o soro transparente, para ser examinado ou juntar-se-lhe um anticoagulante para o estudo das células e dos factores de coagulação. A amostra é depois enviada ao laboratório, onde se procede a uma ou mais das centenas de análises possíveis. Em alguns laboratórios, modernos analisadores computorizados executam, simultaneamente, muitas análises diferentes, a partir de uma pequena amostra de sangue. Os resultados impressos comparam os valores com os dos padrões aceites como normais para cada exame. Cada laboratório tem os seus padrões de normalidade, que dependem do método e dos reagentes utilizados no teste e, por vezes, da idade e sexo do doente.


Testes pelo método ELISA:

Análise sanguínea laboratorial vulgarmente usada no diagnóstico de doenças infecciosas. ELISA significa análise imunoadsorvente ligada às enzimas.

Imunoensaios

Grupo de técnicas laborais que incluem o ELISA (do inglês «enzyme-linked immunoassay») e radioimunoensaios (RIA). São ambos usados no diagnóstico das doenças infecciosas; variantes dos radioimunoensaios, tais como RAST («radioallergosorbent test») e RIST («radioimunosorbent test»), são também utilizados no diagnóstico de alergias e na medição das concentrações de hormonas do sangue.
Qualquer destas técnicas, também designadas por testes imunológicos, pode determinar a presença ou ausência de uma proteína específica no sangue de uma pessoa – por exemplo, um antigénio, um anticorpo específico ou outra proteína, como, por exemplo, uma hormona.

Anticorpos, ou imunoglobulinas, são moléculas (glicoproteínas) produzidas pelo desencadear do mecanismo de defesa imunitária específica, que atacam proteínas estranhas ao corpo, isto é, em resposta à presença de um dado antigénio. Após o sistema imunológico entrar em contacto com um antigénio (proveniente de bactérias, fungos, etc.), são produzidos anticorpos específicos contra ele.




Antigénio: Proteínas completas ou fragmentos das mesmas (peptídeos) que quando injectados num organismo causam a produção de uma resposta imune, frequentemente com produção de anticorpos específicos contra tais proteínas.


O princípio subjacente a estas técnicas é que para qualquer anticorpo específico há um antigénio específico. Se as moléculas destas duas proteínas entrarem em contacto, ligam-se fortemente uma à outra. Qualquer anticorpo específico ligar-se-á apenas ao seu próprio antigénio, e vice-versa.



Como se faz

Primeiro, a superfície de uma placa, ou o interior de um tubo de ensaio, é preparada com um revestimento de proteína específica (antigénio ou anticorpo) que se ligará ao anticorpo ou antigénio cuja presença no sangue se pretende detectar. Por exemplo, no teste ELISA do anticorpo para o HIV (o vírus responsável pela sida) o interior de um tubo de ensaio é revestido com pequenas quantidades de antigénio do HIV.
Esta superfície é então exposta ao plasma do sangue; se o anticorpo ou antigénio a ser testado estiver presente, aderirá fortemente à superfície. A superfície é então lavada e é adicionado um produto químico, o qual se ligará à proteína fixada. Este produto químico é, ele próprio, ligado quer a uma enzima chamada peroxidase (no caso do teste ELISA), quer a um isótopo radioactivo (no caso do RIA).
Qualquer produto químico em excesso é lavado e retirado e, se o anticorpo ou antigénio estava presente, a peroxidase ou a radioactividade ficam na superfície. A peroxidase pode ser detectada adicionando outro produto químico que muda de cor na sua presença; a radioactividade pode ser medida com um contador gama. O RIST difere de outros tipos de radioimunoensaio, porque o soro do sangue que contem a substância a ser detectada é primeiro misturado com uma solução contendo a mesma substância à qual foi adicionado um marcador radioactivo. A substância marcada e a não marcada competem entre si para se ligarem à superfície da placa. O resultado é que, após lavagem, quanto menos radioactividade for encontrada na placa do teste, maior deve ter sido a quantidade da substância presente no soro sanguíneo.


Na glândula da tiróide, tendo em conta que esta estimula a produção de hormona tiróideia, as suas concentrações no sangue são elevadas quando a glândula tiróide é pouco activa (e, por isso, precisa de maior estímulo) e baixas quando é hiperactiva (e, por isso, precisa de menor estímulo).
Caso a hipófise não funcione normalmente (apesar de raramente acontecer), o valor de hormona estimulante da tiróide, por si só, não reflectirá exactamente o estado de funcionamento da glândula tiróide e, então, proceder-se-á à medição do valor de T4 livre.
A medição da concentração da hormona estimulante da tiróide e da de T4 livre que circulam no sangue é, geralmente, suficiente. Todavia, também pode ser necessário determinar a concentração de uma proteína, designada globulina, ligada à tiroxina, uma vez que os seus valores anormais podem levar a uma interpretação errada da concentração total das hormonas tiróideias. As pessoas com insuficiência renal, algumas perturbações genéticas ou outras doenças ou que tomem esteróides anabolizantes, apresentam valores mais baixos de globulina ligada à tiroxina. Pelo contrário, os valores de globulina ligada à tiroxina podem ser mais altos do que o normal em mulheres grávidas ou que tomem anticoncepcionais orais ou outras formas de estrogénios e nas pessoas que sofram os estados iniciais da hepatite ou também algumas outras doenças.
Após a realização de uma cintilografia, ultra-sonografia, o médico pode ainda não ter determinado se o problema diz respeito à glândula tiróide ou à hipófise, então ordena exames de estimulação funcional. Um destes exames consiste em injectar uma hormona libertadora de tirotropina por via endovenosa e, a seguir, realizar as análises ao sangue relevantes para medir a resposta da hipófise.

2 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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Era uma vez..

Era uma vez um grupo de alunos (5 gatos pingados) que resolveu ocupar o tempo livre criando uma seca de um blog que no fundo, bem lá no fundo, até tem interesse!!! As Anas Ritas, a Juliana, o João Pedro e um tal de Nuno Duarte decidiram criar este blog, quase, quase perfeito, para divulgarem o seu projecto, " A tiróide sob investigação", no âmbito da disciplina de àrea de projecto e , finalmente, aqui está ele, prontinho a receber comentários, propostas, dúvidas e mesmo críticas, por isso estão a espera de quê??